Missão Feminina

O retorno a Deusa

A Heroína Sagrada 

Resgata a sua guerreira espiritual, ela se equilibra na delicada integração do feminino e masculino de sua própria natureza.

O despertar da consciência, o empoderamento do seu corpo, mente e sentimentos, mudança de como você se vê e como irá reagir nas mais diversas atitudes, situações e ou com pessoas. Faz parte desta missão feminina. 

Passamos pela morte: raiva, desespero, desolação; e agora temos o retorno à vida. A Heroína deve seguir uma jornada ao submundo (a descida a Deusa) que nada mais é que um recolhimento e enfrentar as verdades sobre si mesma.

Sem seguir mais os padrões masculinos e reencontrando a sua essência feminina, um foco no seu EU. Recordando seu corpo, sexualidade, emoção e intuição.

Uma descoberta sobre todo seu ciclo feminino, aceitando as sabedoria das mudanças: iluminação para coragem, criatividade e escuridão: encontrar significado nas dores.

Ressurgindo as suas figuras femininas, sua criança interior vem brincar também e o desejo de recuperar todos esses arquétipos perdidos de si. Ela enfim é a sua melhor versão, não pelo fato de estar plena, mas pelo fato de estar desperta para a vida e suas possibilidades.

Quando observamos as mulheres contemporâneas notamos uma crescente energia masculina, afinal elas estão na sua carreira profissional competindo com homens e alinhadas com esta forma patriarcal de viver no mundo. 

Elas acabam negando, de forma inconsciente, sua energia feminina (intuição, emoções , espirituais e amor) ao invés de integrar ambas energias para o total equilíbrio.

Como já sabemos não estamos falando de gêneros, pois todos os seres têm as energias femininas e masculinas, podemos pensar no Yin e Yang que é o princípio de tudo, a dualidade complementar. Claro que quando pensamos em homens e mulheres cada qual já tem uma prevalência de energia correspondente ao seu gênero. 

O que as mulheres atuais têm buscado é o equilíbrio destes aspectos e uma aceitação da sua energia feminina e a harmonia com a natureza.  

A energia feminina é nossa intuição, espiritualidade, criatividade, emocional, nutrição, proteção e acolhimento. A energia masculina é o agir, assertividade, mental, lógica, força, foco.  Razão pela qual precisamos harmonizá-las para vivermos uma vida plena em nossa essência. 

A sociedade atual valoriza a energia masculina, pois vivenciamos ainda o movimento patriarcal e tudo que ele nos traz,  mas com este movimento do feminino sagrado notamos que a dualidade é tão importante e complementar para nosso crescimento como seres. 

Devemos buscar esta energia feminina que está reprimida e aflora-lá no nosso dia-a-dia. Melhorando assim nossas relações, internas e externas. 

Energia Feminina

Nossa intuição, nosso cuidado com os detalhes, nossas emoções, tudo isto faz parte da nossa energia feminina, este lindo desenrolar da vida. Estamos vivenciando a energia feminina muito escondida e não valorizada em contra partida da energia masculina que está dominante. Pensamos nas mulheres no mercado de trabalho, silenciando suas criatividade e agindo dentro de um a padrão que não as favorece, afinal para ser “reconhecida” no ambiente de trabalho deve ser uma versão feminina de um homem (que falácia) e precisamos equilibrar estas energias, reconectando com a nossa energia criativa e integrar o melhor de cada uma na sua jornada.  

Sabe quais mulheres vejo hoje em dia tendo mais acesso a sua energia criativa: as mães, menos favorecidas, menos acolhidas e mais negligenciadas, elas se tornam criativas no desenrolar do dia com os filhos, com o subemprego, com as diversas formas de ganhar dinheiro e sustentar os seus. Ela é criativa em nossa essência mais pura, no nosso arquétipo mais profundo: Mãe. 

Estamos na busca da mulher plena, da mulher selvagem… mas sem antes entender como chegamos neste labirinto que não nos deixa ser o que somos e até nos ajudar a sermos o que precisamos cada qual no nosso momento e no nosso desenvolver pessoal. Afinal a busca do equilíbrio não é uma questão somente feminina, mas de todos os seres humanos; este modelo de separação já deve ter sido útil em algum momento, porém hoje não faz mais sentido. Precisamos aprender e reconectar com nossas energias e utilizar cada uma delas para nosso processo de cuidado do nosso íntimo. 

Estimulando as Deusas

Arquétipos Femininos

Nas civilizações antigas as mulheres que já sabiam seus ofícios/profissão chamavam as deusas para seus domínios (afinal cada deusa representava uma faceta da Deusa primordial) e a veneravam com pedidos de bênçãos. Altares eram feitos com diversas ofertas a fim de que fossem atendidos seus pedidos. Lembrando que este tipo de pedido cabia também aos homens, afinal o contato com os Deuses antigos era muito comum em cada tarefa. 

Ao pensarmos na mulher contemporânea ela perdeu este contato com as divindades e a resgatou como arquétipos, as facetas das deusas ativam padrões na psique das mulheres de forma particular, algumas facetas podem inclusive não serem ativados e podemos notar alguns energizados ao mesmo tempo 

Algumas facetas das Deusas são renegadas nas mulheres contemporâneas – afinal vivemos num mundo patriarcal – a sedutora, a raivosa, a briguenta, a inteligente; são arquétipos da Deusa que não são bem aceitos e na verdade são subjugados e muitas das vezes pedidos que sejam abrandados. Em contrapartida o arquétipo da jovem, da esposa e mãe são aceitáveis e normalmente encorajados das mais diversas formas.

Arquétipos

Os Arquétipos repousam no inconsciente coletivo, são as experiências vividas por toda história da humanidade, que se repete em diversos aspectos, as imutáveis e fixos, quando o vivenciamos temos a oportunidade de refletirmos e aprendermos com esses aspectos, levando em consideração as suas próprias impressões sobre como rege nessa frequência. Listamos alguns abaixo, para compor nossa vivência, na visão do feminino!

A Jovem

O arquétipo da jovem, nos leva de encontro com a instabilidade, as mudanças são latentes nesse arquétipo, nos mostra o desprendimento da fase infantil e caminhando para a fase adulta. A jovem demonstra-se feliz, desperta para as novas oportunidades, fluindo o crescimento em todos os aspectos da vida, favorecendo a procura pelo Sagrado, pelo conhecimento do novo, de se autoconhecer e se conectar com o outro. Ela se aceita com mais carinho, pois ainda está formando suas opiniões e desejos para a vida. Desinibida, descobre sua sexualidade, fluindo a energia conforme se descobre. Com uma vontade de aprender que não tem nada que a barre, se conecta com o mundo, com as pessoas, diverte-se com todos e tenta levar o melhor de cada situação que passa. Quando equilibrada ela se conecta com  mundo, mesmo que ainda não tenha conhecimento da energia sutil, ela começa essa busca, essa conexão com algo além do material, sente-se à vontade com sua sexualidade, diverte-se com tudo à sua volta, aproveita a vida, enquanto aprende sobre si. Quando em desequilíbrio, não se conecta com si e com os outros adequadamente, sente uma necessidade de se afastar e não interagir com as pessoas, normalmente vinculada a algum trauma sexual, resultando numa vida sexual quase inexistente ou algumas vezes inadequada. 

A Guerreira

Guerreira, selvagem, a independência feminina. Raramente se apaixonam e não buscam a admiração masculina. Fortemente ligada à fertilidade/fecundidade, o poder pleno de criação e execução. Ama os animais e busca sempre estar em contato com o mais simples, sempre em busca de uma aventura e de estar em contato com a natureza. Nas relações com os homens está sempre numa competição, seja na vida social ou na sexual. Na era moderna, tornou-se uma guerreira tecnológica, conquistando seu espaço no local de trabalho, sendo independente e quase sempre conquistando com muita força uma boa posição de trabalho ou construindo uma empresa bem sucedida. As dificuldades que esse arquétipo enfrenta são: ausência de contato direto com a natureza, as aventuras e contato com os animais silvestres, com os quais ela sente uma conexão muito forte e íntima. Quando em equilíbrio é confiante, independente e uma força difícil de barrar. Já em desequilíbrio torna-se amarga, solitária e individualista, prejudicando suas relações com as demais pessoas, pois não consegue comunicar-se sem tornar-se agressiva. 

A Mãe

O arquétipo da mãe, que vive em todas as pessoas, seja para gerar um filho, para a criação de um novo negócio, amizades e relacionamentos afetivos. A energia da mãe, nos aparece em forma de entrega, de transformação, de auto cura, de amparo. Energia da Mãe, está vinculada com a Terra (Primeiro Chakra), com a água (Segundo chakra), tudo aquilo que nos enraíza, nos protege, alimenta e sacia as necessidades. O maior desafio, para o arquétipo de mãe, é permitir que o que tem que ser seja. Se esse arquétipo está na sombra, podemos nos sentir incompetentes como indivíduos, mães ou gestoras, podemos não aceitar que nossos projetos sigam outros rumos que não foram previamente traçados por nós. Então a primeira necessidade que temos que suprir, é cuidar de nós, de nutrir nosso amor, estar em sintonia com nós mesmos, notando o que é preciso para mantermos o equilíbrio. Muitas vezes na sombra, pode promover uma pessoa ineficaz, controladora, exigente, manipuladora e indutora de culpa, não se importando com o seu próprio eu, família ou negócio. 

A Sacerdotisa

Sendo um arquétipo que demonstra a junção dos demais. Ela se coloca no meio, realizando a comunicação entre criar e agir. Quando nos encontramos nesse arquétipo, temos uma profunda conexão com o sagrado, com a natureza, com os ensinamentos ancestrais. Deixa fluir a autêntica natureza, sendo considerada em muitas culturas como a curandeira – aquela que cura, direciona. Sendo a direção, uma fonte de inspiração para todos que a buscam para solucionar algum problema ou para se conectar com a transcendência. Ela não entende as ações como materiais, mas sim com o entendimento energético de que algo maior nos influencia. Quando equilibrada se aconchega em total comunhão com seu corpo, mente e transcendência, se conecta com os elementos, entende a energia sutil e auxilia no seu crescimento pessoal e dos demais, conduz grupos e se conecta com a energia Sagrada. Quando em desequilíbrio sente-se perdida, sem conseguir se conectar com as energias sutis, busca se conectar com uma energia mais profunda, mas como não tem as ferramentas não consegue realizar de forma adequada. 

A Anciã

A anciã muitas vezes, vista como a mais velha, sábia, que já está encerrando ciclos, a transmissora das verdades, da sabedoria. Um arquétipo, que podemos vivenciar em qualquer fase da nossa vida. Temos diversas literaturas, mitos e símbolos desse arquétipo. Anciã, simboliza a senhora da sabedoria, conhece o oculto, ligada a magia (mistérios e entendimento dos processos naturais). Regendo as mortes, que nada mais são que transformações, mudanças, novos ciclos. Algumas pessoas aceitam essas mudanças, então se alinham com a sua ancestralidade, alguns ainda resistem a essas transmutações. A pessoa que está com esse arquétipo em equilíbrio, se mostra uma pessoa que busca um conhecimento profundo, dos aspectos que deseja aprender, já para o que não deseja, faz um corte preciso. A pessoa, entende, que está sendo receptora de informações, vibrações e tem uma sensibilidade para a consciência ampliada. Normalmente ligada à natureza, a cuidados naturais, a arte e trabalhos manuais. 

Já em desequilíbrio, essa pessoa, se desprende do sagrado, da sensibilidade em diversos estados (seja num conhecimento mais profundo, num contato espiritual com alguma crença, perde o contato com a natureza, ou se torna rancorosa e manipuladora),  ou seja, precisa se reconectar, com o sagrado, com a ancestralidade, manter o foco no que realmente precisa e continuar cuidando, de si e dos outros, na medida que lhe cabe. 

Deusas

As Deusas repousam nos arquétipos, como para comprovar e ajudar no entendimento de nossas ações. Muitas das Deusas, assim como nós, atravessam de um arquétipo ao outro com muita facilidade e com total sintonia e crescimento, afirmando então que podemos e devemos transitar de forma espontânea de uma para outra, sempre na busca do equilíbrio e compreensão das nossas atitudes e ações. Na mitologia hindu temos Mahadevi – Mãe Divina, ela engloba todas as Deusas, mas cada qual com sua própria personalidade, força e sensibilidade. Com isso podemos notar, que todas nós temos dentro de nós a força, sensibilidade, a fonte criadora e também a destruidora; revelando assim que não importa a Deusa que você está conectada no momento, mas sim como aproveitar essa energia/força para melhorar a sua jornada!

Quase todas as Deuses tem dualidades, que se encontram em aspectos de outras Deusas, formando uma sinergia de conexões

Retorno a Deusa

Mulher Plena

Uma jornada de reencontro com seu íntimo, com diversas atividades profundas e transformadoras.

Quando entendemos que o que vivenciamos hoje não faz mais sentido. Pode ser quando começamos num trabalho novo, quando saímos de casa para seguir um novo caminho, ou simplesmente quando percebemos que nossa identidade não faz sentido. Começamos, então, um retorno ao nosso íntimo, um recolhimento que será para o crescimento e autoconhecimento.

A jornada da heroína começa com uma desarmonia dos valores femininos, procurando reconhecimento e gratificação na cultura patriarcal, uma quase nula afinidade com a espiritual e um retorno para dentro, a fim de recuperar sua conexão feminina sagrada. A Heroína Sagrada resgata a sua guerreira espiritual, ela se equilibra na delicada integração do feminino e masculino de sua própria natureza.

No processo de resgate e reconexão com nosso íntimo sugiro manter-se conectado com a natureza e com as mudanças dela a sua volta. Conhecer as energias que fluem através dela e como alinhar os processos naturais do planeta com seus processos internos.

Não precisa sair do meio onde vive, urbano se for o caso, para ter contato com o ambiente natural, pois este é o ambiente natural: o agora. Conheça a região onde mora, veja as árvores que te cercam, as plantas que vivem e crescem perto. Pratique o conhecer e reconhecer

Precisamos retornar ao simples, a ancorar nossa energia com a Natureza, de ampliar nossa intuição e cuidarmos de nosso corpo, levando em consideração não somente o corpo que habitamos, mas sim todo o que ele comporta: Corpo físico, emocional, espiritual.

Pois não somos separados deles, mas sim estamos interligados e precisamos de todos eles em nossa jornada.

Nutra seu corpo com bons alimentos, faça exercício, medite, silencie, respire, ore, ensine, aprenda, compartilhe, visite a natureza, peça que ela te re-ensine como cuidar-se.

Conexão – A conexão com nosso cuidado natural é uma relação direta com o nutrir e criar laços com o Sagrado Pessoal e o Divino.

Nutrir – Nutra seu corpo com bons alimentos, faça exercício, medite, silencie, respire, ore, ensine, aprenda, compartilhe, visite a natureza, peça que ela te re-ensine como cuidar-se.

Sagrado – Sagrado é a vida, o íntimo, a vivência, o se conhecer, se conectar, ir de encontro ao todo. 

Ancestralidade – É durável, persistente e participante do eterno. Quando as pessoas se dedicam a resgatar seus poderes, eles aprendem a honrar a sabedoria ancestral, ao conhecer os mitos/símbolos/arquétipos se auto conhecem com a energia sutil.

Conseguir o equilíbrio e utilizar a força de cada Deusa em seu benefício. É amar-se!

Vivência

Arquétipos em divindades Femininas

Este espaço é para você escrever como foi o seu contato com os arquétipos, o que sentiu e o que ainda vivencia. Use como base o texto de Estimulando as Deusas

Aqui é um espaço totalmente seu, então escreva com suas palavras, com seu jeitinho e sua emoção. Será uma ferramenta de análise sutil do seu íntimo e propósito.

O primeiro campo é gratidão: coloque o que lhe faz ser grata por esse Arquétipo, mesmo que não seja algo relacionado diretamente a você.

O segundo campo é compartilhado, o que ainda vive deste arquétipo em você ou que deseja vivenciar.

O terceiro campo é escrever como foi que se conectou com este arquétipo e quais percepções teve desses encontros.

O quarto campo é para escrever como colocará em prática o ensinamento dessa conexão.

Sugerimos que faça este exercício em dias diferentes para cada um dos arquétipos, e que revise eles após um período (sugerimos olhar seus textos após um mês) e refazer as vivências quanta vezes desejar e quem sabe analisar outros aspectos de cada arquétipo. 

Notará que a cada vez que o realizar aprenderá um novo sobre si e com isso tornará a sua jornada mais clara e  com mais facilidade de lidar com algumas emoções e situações no seu dia-a dia.

Existem diversas outras formas de conectar com sua energia feminina e encontrar a sua Deusa interior; conheça mais em nossos sites e redes sociais. Sempre apresentamos novidades e exercícios simples e profundos para o resgate da sua Heroína Sagrada. 

Fabiana Vieira

Terapeuta Holística

Abril/2022

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